SÃO PAULO - O preço médio de um apartamento em Manhattan atingiu US$ 1,72 milhões no ano passado, um novo recorde, principalmente porque as classes mais altas, não apenas norte-americanas, ainda procuram mais segurança no perfil do mercado imobiliário Nova York.
No último bimestre de 2014, foi ainda mais alto, o número subiu para US$ 1,74 milhões, 13% maior do que o registrado no mesmo período de 2013 - em um país de inflação muito baixa. O valor mediano do bimestre foi de 15% a mais do que um ano atrás, de US$ 980 mil - o segundo maior por um bimestre.
Enquanto o volume de vendas diminui, os preços continuam a subir na cidade devido à grande demanda, que historicamente compete com o baixo fornecimento de imóveis. De acordo com o relatório de Douglas Elliman e Miller Samuel da Real State Appraisers, para o portal CNBC, o preço médio de vendas anual foi maior do que o auge alcançado em 2008 - antes da crise -, de US$ 1,59 milhões.
A alta nos preços mostra que o surto das imobiliárias de alta qualidade em Nova York ainda é discreto, já que é maior o número de ricos a procura de propriedade nos melhores mercados globais. Favorito de compradores estrangeiros, os condomínios foram a maior demanda e tiveram o maior preço. Para novos empreendimentos, o preço médio aumentou 17%, totalizando US$ 3,15 milhões.
Em relação aos imóveis disponíveis, a demanda é tanta que metade das vendas do bimestre tinham preço correspondente ou maior do que o listado - o maior em seis anos, mostra o relatório. A melhor performance é a do topo do mercado - os maiores e mais caros apartamentos. Em relatório separado de Brown Harris Stevens, quatro fechamentos do bimestre tinham preços acima de US$ 40 milhões.
Ainda assim, o mercado de Manhattan pode enfrentar reviravoltas neste ano: os registros, ainda menor que os níveis históricos, tem rapidamente aumentado, com vendedores e construtores em uma corrida para lucrar com os maiores preços. Os registros de imóveis antigos tiveram alta de 20% nos últimos meses de 2014, enquanto o de novos imóveis foi de 103%.
O fortalecimento do dólar pode pressionar os compradores estrangeiros, já que os imóveis norte-americanos ficam mais caras para a moeda estrangeira. Por enquanto, os baixos níveis de interesse e preços das imobiliárias de Nova York, quando comparadas a Londres, Hong Kong e outros eixos majoritariamente caros, predizem bons preços e demandas para 2015.