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Publicado na Segunda, 07 de dezembro de 2015, 10h27
Financiamento imobiliário: o que fazer para evitar dívidas e como sair delas

SÃO PAULO – Financiar um imóvel pode ser a solução para algumas pessoas, mas também a perdição. Se não for muito bem planejado, o financiamento leva a dívidas e inúmeros problemas. É normal, também, que imprevistos como desemprego, diminuição de renda e outros problemas que comprometam o pagamento aconteçam aos compradores – e, neste caso, o que fazer para não perder o imóvel?

Pensando nessa dúvida, a AMSPA (Associação dos Mutuários de São Paulo e Adjacências) preparou uma cartilha com orientações para quem está endividado e para aqueles que cogitam fazer um financiamento. Confira:

1. Faça e peça projeções do financiamento
Antes de iniciar um financiamento, é importante realizar projeções de todas as parcelas do mesmo para ter certeza de que vai conseguir arcar com elas. Não deixe de incluir as taxas extras e seguros que compõem a prestação – elas podem te pegar de surpresa.

Na hora de financiar, uma boa opção é o SC (Sistema de amortização constante), que evitará que você tenha problemas ao arcar com as parcelas do crédito imobiliário. Embora as taxas de juros dessa modalidade sejam bem altas, elas serão pagas apenas no início do financiamento.

2. Analise o quanto ela vai consumir da renda mensal
Novamente é preciso fazer contas: se as parcelas forem comprometer mais do que 30% de sua renda mensal, já não é aconselhável iniciar o financiamento. Isso por dois motivos: você pode ter alguma emergência enquanto paga as parcelas e acabar não conseguindo pagá-las por um período; e isso pode comprometer uma parcela da renda que é destinada para gastos essenciais.

Além disso, você também deve avaliar se a modalidade de financiamento é a melhor opção para você. Compare as linhas de crédito imobiliário para ver qual melhor se adapta ao seu caso.

3. Mantenha uma quantia disponível para emergências
Mesmo que as parcelas consumam pouca parte de seu orçamento, algo pode impedir que você pague-as no meio do caminho. Por isso é sempre importante ter uma quantia “de emergência” em seu FGTS, poupança ou outras aplicações parra não sofrer com imprevistos.

4. Cogite fazer acordos e negociações
Antes mesmo de atrasar ou ficar inadimplente no pagamento das parcelas do imóvel, cogite fazer negociações e acordos com o banco ou construtora. Você não sairá prejudicado dessa maneira.

Caso você atrase o pagamento, saiba que a inadimplência, além de levar ao pagamento de juros e poder incluir seu nome em órgãos de proteção ao crédito, pode também levar à perda do imóvel. No SFH (Sistema Financeiro da Habitação), isso pode acontecer depois de três prestações atrasadas, enquanto no SFI (Sistema Financeiro Imobiliário), o mutuário é intimado a pagar a dívida após um atraso superior a 30 dias.

5. Peça auxílio da Justiça
Se o acordo não for bem sucedido, você pode recorrer à Justiça para não ter maiores problemas: comprovado o pagamento, o juiz poderá suspender um possível leilão ou execução.

Para mais informações, visite o site da AMSPA.

 

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